O que são resíduos hospitalares?
Os resíduos hospitalares são materiais descartados por instituições de saúde, como hospitais e clínicas, que podem incluir desde seringas usadas até materiais contaminados. Eles se dividem em várias categorias, como resíduos biológicos, químicos e perfurocortantes.
“Uma grande quantidade de lixo infectante é produzida por ano, por isso é imprescindível a coleta de resíduos hospitalares”
O Brasil produz cerca de 150 mil toneladas de lixo urbano por dia e, estima-se que, 1 a 3% desse volume seja representado pelos produzidos em locais que oferecem serviços de saúde. Sem a coleta de resíduos hospitalares, além dos riscos ambientais, a população fica exposta ao contágio de doenças graves à saúde
Falta da coleta de resíduos hospitalares e seus riscos
Segundo à Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% do lixo hospitalar é considerado perigoso, já que possui caráter tóxico, infeccioso ou radioativo. Se despejado no meio ambiente, por ser formado por seringas, recipientes, tecidos, partes de órgãos, sangue e excreções humanas, o lixo infectante pode contaminar o solo e lençóis freáticos, prejudicando plantações e podendo causar problemas à saúde. O simples contato com água contaminada ou com o próprio lixo, pode transmitir doenças através de bactérias ou vírus mais agressivos, como AIDS e Hepatites.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, uma a cada cinco cidades brasileiras despejavam os resíduos de hospitais e unidades de saúde em aterros sanitários e lixões. No ano passado (2015), a OMS divulgou dados que apontam que apenas 58% dos estabelecimentos médicos possuem um sistema de descarte correto do lixo. Este ano, Curitiba foi considerada a cidade mais sustentável da América Latina, levando em consideração sua gestão de lixo, incluindo a coleta de resíduos hospitalares.
Como deve ser feita a coleta de resíduos hospitalares
Para um bom serviço de coleta de resíduos hospitalares é importante saber a classificação dos RSS e qual os procedimentos devem ser tomados com cada grupo.
Essa separação deve ser feita pela instituição médica, em embalagens próprias e assinaladas. Feito isso, o lixo deve ser encaminhado para um local de armazenamento temporário, até que a empresa responsável pela coleta de resíduos hospitalares apareça.
Assim que coletados, a empresa encarregada deve realizar a esterilização, já que a incineração produz cinzas que também podem contaminar. Os RSS passam por processos químicos, térmicos e até de irradiação e, em seguida, podem ser depositados em um aterro sanitário aprovado e que possua licenciamento ambiental.
Classes de resíduos hospitalares:
Em 2004 entrou em vigor a Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa) que faz a separação dos resíduos hospitalares em classes.
Grupo A: Resíduos Biológicos
Os resíduos biológicos incluem materiais que apresentam risco de causar infecções, como agulhas, gazes, seringas, curativos e tecidos humanos. Esses resíduos são altamente perigosos devido à possibilidade de transmissão de patógenos, incluindo bactérias e vírus. A gestão segura desses materiais é crucial para evitar surtos de doenças infecciosas.
Grupo B: Substâncias Químicas
Este grupo abrange substâncias químicas que podem ser nocivas à saúde pública e ao meio ambiente, como produtos farmacêuticos vencidos, reagentes de laboratório e desinfetantes. A exposição inadequada a esses resíduos pode resultar em envenenamento, queimaduras químicas e contaminação ambiental, exigindo procedimentos específicos de manuseio e descarte.
Grupo C: Rejeitos Radioativos
Os rejeitos radioativos são resíduos que contêm materiais radiativos acima dos limites aceitáveis estabelecidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Eles são provenientes de procedimentos médicos que utilizam materiais radiológicos, como tratamentos de câncer. O manuseio incorreto desses resíduos pode levar à contaminação radiológica, colocando em risco a saúde humana e o meio ambiente.
Grupo D: Resíduos Comuns
Este grupo inclui lixo comum que não apresenta riscos biológicos, químicos ou radiológicos, como papel sanitário, restos de alimentos, fraldas e embalagens. Embora sejam menos perigosos, esses resíduos devem ser segregados e descartados corretamente para facilitar a reciclagem e reduzir o volume de lixo enviado a aterros sanitários.
Grupo E: Materiais Perfurocortantes
Os materiais perfurocortantes incluem agulhas, lâminas, bisturis e outros objetos afiados que podem causar lesões e infecções. Esses resíduos requerem recipientes especiais de descarte para prevenir acidentes com perfurações e cortes, protegendo assim a saúde dos profissionais de saúde e trabalhadores de coleta de lixo. O manuseio inadequado desses materiais pode resultar em ferimentos graves e transmissão de doenças como HIV e Hepatite B.
Por que a coleta de resíduos hospitalares é tão importante?
A coleta de resíduos hospitalares não é apenas uma questão de conformidade com a legislação, mas também um compromisso com a saúde pública. Materiais contaminados podem ser fontes de infecções perigosas se não forem tratados corretamente. Instituições de saúde têm a responsabilidade de garantir que seus processos de descarte sejam seguros e eficazes.
Conclusão
A coleta e o tratamento adequado dos resíduos hospitalares são vitais para a proteção da saúde pública e do meio ambiente. Adotar práticas corretas não só previne doenças, mas também preserva os recursos naturais e promove um futuro mais sustentável. Vamos fazer a nossa parte para garantir um ambiente mais saudável e seguro para todos.
A Sanetran oferece um serviço especializado em coleta de resíduos hospitalares. Com profissionais capacitados e todo o equipamento necessário, para a segurança dos mesmos, a empresa garante o serviço com qualidade e responsabilidade. Todos os resíduos são encaminhados para tratamento através de processos devidamente licenciados pelos órgãos ambientais, garantindo toda a rastreabilidade do processo.
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Fontes:
DinamicaAmbiental, Ecycle, SaúdeCCM, InfoEscola, Gazeta do Povo e CenedCursos.